quarta-feira, fevereiro 01, 2012

kriptonita

insustentável
essa vontade de morrer em teus olhos
quero o silêncio milenar de uma esfinge
que me fulmina
pelo deserto negro de tuas pupilas

e me leve aonde a fantasia nos mereça
para além do tempo nos remeta
numa ilha qualquer de estrelas nos esqueça

quero a desordem de teus cabelos
subvertendo um belo coração
de ritmo tão pobre
em mim, o seu ópio desgoverno

ah!
que corra você em minhas veias
e me alimente voluptuosa
que invada meu corpo
e sacuda minha alma
e me ame com calma

ah!
esse imã de infinito
que me arrasta ao colo da menina
de tão frágil, rainha
de tão forte, tão minha
de tão nua, poderosa
de tão longe, kriptonita.

Nenhum comentário: